Entrevista Revista Caras



No dia depois do Fahion Week, Gisele Bündchen, simpática e bem a vontade, abriu as portas do luxuoso apartamento no hotel Emiliano, em São Paulo, onde estava hospedada, para receber a revista CARAS em entrevista exclusiva.
Confira:

- Esta é a 26ª edição do São Paulo Fashion Week. Em quantas você já esteve presente?
- O SPFW já foi muita coisa. Já mudou de nome algumas vezes, não sei dizer ao certo quantos fiz. Comecei a modelar em 1995, e desde então eu participo do evento, tirando os anos que fiz no Rio. Eu sei que fiz o primeiro! Desfilei pra todo mundo, estava começando, então participei de todos, como no exterior, que fazia cem desfiles por temporada. Imagina o que eu trabalhava nessa época?
- Quando começou tinha 15 anos e já vivia em um ritmo bem acelerado. Não foi sofrido, pela pouca idade, trabalhar assim?
- Tem uma parte da minha vida, dos 16 aos 20 anos, de que eu não tenho muitas lembranças, a não ser as do avião, da mala e dos trabalhos. Mas acho que eu era tão jovem que não entendia muito bem o que estava acontecendo.
- E o que serviu de estímulo?
- Eu saí de casa cedo, e não queria voltar com as mãos vazias. Queria que meus pais fossem orgulhosos de mim, que as minhas irmãs achassem legal ver que fui batalhar e venci, queria fazer o melhor possível. Não medi esforços, era a hora certa para fazer aquilo.
- Não teve nenhum momento em que pensou em parar?
- Eu fiz isso! Chegou uma época, quando estava com 21 anos, que eu falei, 'Meu, tô exausta!'. Notei que não estava cuidando de mim. Não tinha um tempo meu, era só trabalho. Nem me sentia como ser humano, parecia um trem que engatou uma quinta e foi! (risos). Fiquei três meses doente, com uma pneumonia que não sarava, aí parei! Fui para a África com meus pais, depois vim para o Brasil ficar com minhas irmãs, passei o carnaval em Salvador, coisas que eu nunca tinha feito antes. Fiquei seis meses parada, e foi ótimo.
- Tem algum trabalho como modelo que ainda sonha fazer?
- Acho que já fiz todas as campanhas que gostaria, mais de uma vez. Mas é muito excitante fazer de novo. É um outro momento, outra cabeça, outra visão do trabalho.
- De suas três entradas no desfile de hoje, tem algum look que elegeu como o preferido?
- Gostei muito de todos. Mas, particularmente, adoro as calças jeans da Colcci. Elas levantam o bumbum, fica ótimo! Também adoro os bustiês, que apertam a cintura e o peito, e deixam o corpo bem curvilíneo. Gosto desse tipo de roupa que faz as formas ficarem mais arredondadas.
- Mudando do trabalho para o coração, você confirma o noivado com o Tom Brady?
- Não! Eu não sei como as pessoas são tão criativas. Primeiro disseram que ele me pediu em casamento no avião. Imagina, era dia 24 de dezembro, Natal, estávamos voando para Boston, aí tinha champanhe e brindamos a data. Pronto! Alguém deduziu que eu estava ficando noiva! Recebi mais de cem e-mails de amigas comentando o pedido. Agora tem um boato novo, que ele me pediu na sexta-feira passada. Eu nem estava lá, como pode ser verdade?
- Mas tem um plano para o casamento? Já discutem isso, cogitam alguma data?
- Sim, vou realizar o sonho de casar, ter filhos e constituir uma família, claro! Mas, me desculpe o desapontamento, ainda não tenho uma data para anunciar. Estou amando e vocês verão meu casamento no dia certo.
- Quando chegar o dia, a cerimônia será realizada aqui no Brasil? Já foi cogitado a Costa Rica como o local escolhido por vocês para a festa.
- Esse papo de Costa Rica deve ser pelo fato de eu ter uma casa por lá. Não sei ainda se será aqui ou em outro país, mas o que eu sei é que será uma coisa pequena, sem muita badalação. Não gosto de festas, prefiro algo mais íntimo, só com as pessoas próximas.
- Quando vai apresentar o Brasil para o Tom Brady?
- Em breve! Ele se machucou, e agora está fazendo fisioterapia. Queria que tivesse vindo comigo agora, mas o médico não liberou. Assim que ele tiver alta eu quero trazê-lo imediatamente para cá.
- Além de Horizontina, sua cidade natal, no Rio Grande do Sul, qual será o roteiro com ele?
- Não sei ainda o que vamos fazer. Vou perguntar o que ele quer conhecer e aí eu o levo.- Você tem planos de voltar a morar aqui no Brasil?- No momento, minha vida é nos Estados Unidos. Meu namorado mora lá, joga lá e tem contrato com o time do New England Patriots. A casa é onde o seu coração está, se o meu está lá, tenho que ficar. Acho que por uns dez anos ainda. Depois... não sei o que vai acontecer na minha vida, mas adoraria voltar e criar os meus filhos no Brasil, um dia.

Fonte: Revista Caras/ http://www.caras.com.br/
João Passos/Brasil Fotopress, Marcos Rosa e Bruno Barriguelli/B.A.R